quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Rajadas Eólicas

A Energy Tribune publicou um artigo demolidor sobre a energia eólica. Com um enfoque especial na situação do Reino Unido, o artigo enumera as verdades inconvenientes deste tipo de energia, muitas das quais aqui já referidas. O enfoque está claro nos altos custos de construção e manutenção, fiabilidade extremamente volátil e um apetite voraz pelos subsídios dos contribuintes.

Em princípio, o Reino Unido tem só vantagens. É o país da Europa com mais vento. Tem uma das maiores costas, e por isso até pode produzir off-shore. Tem uma rede de transmissão estabelecida há muito. Resumindo, se não tiver sucesso aí, dificilmente terá noutros locais...

Mas tudo isto tem muitos inconvenientes. O pagamento de subsídios ultrapassou no último ano fiscal 1 bilião de dólares, que subirão até 6 biliões em 2020. No último ano, o preço do gás e da electricidade subiram 29.7%! E isto com uma produção de apenas 1.3%.

Mas há pior. Na publicação Energy Policy, os peritos Jim Oswald et al., concluíram que a energia eólica não dispensa, naquele país, as centrais a gás natural. Obviamente, o factor de carga é determinante, com os parques eólicos do Reino Unido a atingirem em 2006 apenas 27.4% do seu potencial. As piores apenas atingiram 7%! O Retorno de Investimento é por isso um desastre, mas tal é obscurecido pelo elevado nível de subsídios. Por isso paga-se a energia e os subsídios.

Curiosamente, os problemas envolvendo a indisponibilidade do vento colocam problemas muito maiores que os pensados até hoje. Para isso, são precisos mecanismos de backup. Mas como essas centrais de backup terão menor produção, então o investimento far-se-á em centrais de custo baixo de investimento ($/kW). Essas centrais serão menos eficientes que as actuais, as quais serão menos resilientes e acabarão por emitir mais gases de efeito de estufa. O ligar/desligar destes equipamentos criará também dificuldades em toda a infra-estrutura, quer de transporte de gás, quer do próprio material das centrais. Assim, mais terão que ser construídas, para funcionarem como backup das de backup...

Um desastre!!!

www.energytribune.com/articles.cfm?aid=1029